Depois de conseguir o gol de empate contra o Fluminense, no Barradão, no último domingo, o jogador confirmou o status de ‘zagueiro goleador’ e brincou que sempre atua como atacante nos rachões promovidos pela equipe.
Talvez por isso seja tão eficiente cara a cara com o gol. Para se ter uma ideia, o jogador tem oito finalizações no Brasileirão, e um aproveitamento expressivo de 50%.
Kanu confessou que começou a carreira como atacante, mas acabou migrando para a zaga por um motivo curioso.
“Por incrível que pareça eu errava muito o gol”, contou aos risos. “O meu treinador da época, que era do ABC de Natal, me colocou mais atrás e eu fui bem, tive a convicção de ser zagueiro. Na época eu tinha 16 anos”, disse o defensor.
Ainda assim, algumas lições de posicionamento permaneceram: Kanu é homem de referência na área adversária, aproveitando rebotes e aparecendo nas bolas aéreas.
Tanto é que, analisando o mapa de calor do jogador durante as partidas, dá para perceber que ele povoa bastante a parte direita da defesa até o meio campo e depois dá um pequeno “salto” até a pequena área. Tudo estratégico.
“É trabalho. Quando comecei minha carreira eu era centroavante, eu tenho noção de onde a bola vai chegar, onde cabecear. Mancini trabalha muito a finalização, seja com atacante, com zagueiro... Acho que nada resiste ao trabalho bem feito. Tenho certeza que as bolas vão aparecer e eu vou aparecer pra finalizar”, decretou o zagueiro.
Últimos retoques
Na atividade desta sexta-feira, 15, penúltima antes da partida de domingo, 17, às 16h, no Barradão, contra o São Paulo, o treinador Vagner Mancini comandou mais um trabalho tático, e treinou também bola parada. Finalizou com 10 minutos corridos de coletivo.
Já recuperado de um pisão no pé, o atacante Santiago Tréllez treinou normalmente, enquanto David e Kieza revezaram no ataque.
Na lateral esquerda, o técnico voltou a observar suas três opções para escolher o substituto de Juninho, que, com lesão no joelho, só volta a jogar em outubro.
As opções seguem como volante Fillipe Soutto, o lateral direito Patric e o zagueiro Bruno Bispo. O treinador falou sobre a decisão de não utilizar os dois jogadores de origem, Thallyson e Geferson.
“Sei que Geferson e Thallyson estão desgastados diante do torcedor, então não é momento de apostar neles. É momento de vencer as partidas para, aí sim, recuperar os jogadores”, explicou.
“Mas é uma das minhas metas fazer com que eles voltem e sejam aplaudidos pelo torcedor. A gente sente quando um atleta é vaiado, então acho que nesse momento não cabe a entrada deles. Mas é bom deixar claro que eu não esqueci deles e que eles ainda podem ser usados no campeonato”.
Mancini não confirmou se deve usar David ou Kieza compondo o ataque com Tréllez e Neilton. O elenco faz o último treino neste sábado, 16, às 10h, e depois se reúne para concentração.
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