Logo após o desfile de verão de 2017 de Marc Jacobs, no qual o casting era composto quase completamente por modelos brancas usando dreadlocks, as mídias sociais do designer já estavam repletas de críticas negativas. A resposta quase imediata a esses acontecimentos tornou-se comum na moda, como aconteceu recentemente com Kendall e Kylie Jenner, acusadas de apropriação cultural por reproduzirem fotos suas sobre imagens de ícones do hip-hop.
Ao tentar defender-se das acusações de apropriação cultural, no entanto, a situação pode ficar ainda mais delicada. Foi o que aconteceu com Marc Jacobs, que tentou justificar a beleza de seu desfile ao fazer um comentário que comparava mulheres brancas usando dreads com mulheres negras alisando os cabelos. “Admiração, de onde quer que ela venha, é algo lindo”, escreveu para seus followers. “Pense sobre isso.” Após mais comentários negativos, no entanto, ele tentou se retratar dizendo “Eu li todos os seus comentários…”
Quase um ano depois do acontecido, em entrevista para a revista InStyle, Marc Jacobs reconheceu que falhou em conhecer a história e a importância social dos dreadlocks. “Talvez eu tenha sido insensível”, contou ele. “O que eu aprendi de tudo isso, o que me fez pausar um pouco e ficar mal, é que eu talvez simplesmente não tenha a linguagem pra isso, ou que talvez eu tenha sido insensível porque eu operei dentro de minha pequena bolha da moda”, disse.
Apesar do pedido de desculpas ser recente, ele já vinha percebendo que o mundo fashion precisa mudar. No desfile de inverno de 2017, que era uma ode ao hip-hop em Nova York, o casting diverso incluia Winnie Harlow, Adwoa Aboahm Slick Woods e Lineisy Montero. Não à toa, o título do desfile era “Respeito.”
(elle)
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